Em “Belonging”, Raquel André dá conhecer uma viagem de encontros com sentimentos de pertença. O projeto multidisciplinar estreia-se no Teatro Municipal do Porto, antes de seguir em digressão no país.
Entrevista observador, Março de 2024
"Um concerto que também é um espetáculo de cinema, que também é um espetáculo de teatro"
"Estando em palco, lido de uma forma muito íntima com cada história que vem, até porque tenho de lhes dar textura e isso requer escutá-las atentamente. quase fazer parte delas, para as poder respeitar." Aliu Baio
Entrevista Sábado com Raquel andré e aliu baio, Março de 2024
"Se calhar temos muitos pontos de ligação, se a gente se pudesse escutar." Aliu Baio
Entrevista Manual de instruções entrevista com Aliu Baio e Raquel André no RDP África, Março de 2024
"Faltam todas as pessoas"
"Vi um no DDD – Festival Dias da Dança, em 2018, de uma companhia norueguesa (Carte Blanche), de Bergen, em que os bailarinos passavam duas horas a girar sobre si próprios. Foi algo catártico para mim porque estava a sentir o meu corpo também a girar. Foi durante imenso tempo, a sala estava completamente cheia. E eu estava a pensar como é que nós, espectadores/as, estando sentados e passivos, podemos viver algo tão catártico. Apesar de o corpo estar parado, também estávamos a rodopiar com os bailarinos."
Entrevista Teatro Municipal do Porto, Dezembro 2022 , Coleção de Espectador_s
“The conversation was so deep. It was so fast that we went into the big questions around intimacy—”What is intimacy? What is a home?”Afterwards I decided, “Okay, I have to go to a second stranger’s house.” It was the second one that asked me to lay in his bed watching a film, while he photographed me. He asked me to watch Stranger than Paradise because it was his ex-girlfriend’s favorite film. As I was watching the film, the favorite film of a stranger, I was wondering what it meant—was this his artistic project now? Am I taking her place?”
On working with people as your medium by T. Cole Rachel, The Creative Independent | EUA, dezembro 2018 (EUA)- Coleção de Amantes
“Se tudo o que vocês virem, lerem ou ouvirem falar sobre ela parecer fictício, não há certo nem errado, verdade ou mentira. Das colecções dela fica a acumulação, a viagem, os números e nomes próprios, as coisas, o eu e tu, o tempo cristalizado ao infinito e uma rede de pessoas que, por muito que ela partilhe, viverão com ela e só com ela para todo o sempre.
(…)
No mundo de Raquel André, fica tudo em aberto, como algo que ainda não acabou. Uma aprendizagem e um livro dos prazeres. As fotos mais românticas que os encontros em si trazem à tona, pele com pele, flashes de uma intensidade iniciática, pequenos espelhos da intensidade que procurou no outro lado do Mundo. Fotos com segredos, desejo, banhos, abraços e conversas. Risos, choros e refeições partilhadas. Rio. Rio de Janeiro”
Rio de Amantes, Vice Portugal por António Pedro Lopes – agosto 2017 (Portugal)- Coleção de Amantes
"Há sete anos que Raquel André colecciona amantes. Ou melhor, há sete anos que colecciona histórias de intimidade resultantes de encontros que tem com pessoas um pouco por todo o mundo. De cada vez, espera num apartamento por alguém que há-de chegar, e de que desconhece o nome, a idade, o género."
Público por Gonçalo Frota, 5 Novembro 2021 (Portugal) - Exposição de Amantes
“O espetáculo resultante é de uma profunda delicadeza sobre si mesmo e seus amantes. E oferece um respiro poético sobre o humano que nos escapa diariamente. Raquel André nos leva ao sublime sem precisar de ir além de nós mesmos”
Antro Positivo por Ruy Filho, Novembro 2015, 54-57 (Brasil) - Coleção de Amantes
“Da coleção de Raquel brotam reflexões a respeito do próprio colecionismo e, por tabela, sobre a própria vida. O que, como e por que colecionamos? Colecionamos até sem saber disso? O conjunto de pessoas com quem nos relacionamos, por exemplo, é uma coleção? Completar uma coleção, se isso é factível, é também decretar a morte dela, já que uma coleção só seria viva na medida em que se está colecionando? É possível colecionar coisas impossíveis de serem guardadas, como um encontro? Admitindo que sim, como registrar e catalogar isso?”
O Espectador Privilegiado por Rafael Teixeira, abril 2016 (Brasil)- Coleção de Amantes
“Quando fui fazer o mestrado no Rio de Janeiro e decidi como objeto de pesquisa o Colecionismo nas Artes Performativas pensei: até agora tenho trabalhado com coleções já existentes, como é que seria se eu criasse a minha própria? Eu nunca tive coleções, então comecei a pesquisar sobre o colecionismo e a estudar o que é realmente uma coleção. O que significa, e percebi que é muito mais aquilo que não está lá. Incide mais sobre a memória que está à volta do que os próprios objetos em si. E foi aí que decidi começar a criar uma coleção própria e a perceber o que é que me interessa guardar. Assim cheguei às pessoas, e ao encontro com as mesmas. É falso no sentido em que há um programa…”
NOISERV à conversa com Raquel, Umbigo - Novembro 2017 (Portugal)- Coleção de Amantes
“By situating herself as the “collector,” as the one charged with orchestrating these sorta-fictional, sorta-real forays into intimacy with strangers, André elevates herself above her subjects—after all, she’s the one capturing them. ”
TBA: Raquel André Exposes More Than Just Her Collection of Lovers, Bloctown | EUA, setembro 2018 (EUA)- Coleção de Amantes
“This is not so much a performance of love as a parody of it.
(…)
But what is the right idea to get from Collection of Lovers, which recounts loneliness, obsession and fleeting interactions not so much as stories, with the traction of real humanising detail, but as a slippery, indistinguishable data set?”
Collection of Lovers review: Can't a woman can't take a bath with a stranger any more without them ..., Irish Time | Irlanda, 14 outubro 2019 (Irlanda)- Coleção de Amantes
“Teatro posdramático, documental, biodrama -territorios liminares entre realidad y ficción que abundan en este FIBA-, Colección de amantes es una conferencia performática donde la artista le cuenta al público, con muchas fotos y algunos souvenires, su experiencia íntima con ese otro multiplicado que le abrió la puerta. La artista se apropió de la palabra "colección" para reunir pedacitos de vida, efímeros, inasibles, únicos. ¿Cómo hacer, en tiempos fugaces, para no dejar escapar lo irrepetible?”
FIBA: conferencia acerca de la intimidad, LA Nación | Argentina, fevereiro 2019 (Argentina)- Coleção de Amantes
“Uno dopo l’altro, gli spettacoli visti compongono una fitta trama di spunti e stimoli, un viaggio denso di storie e visioni.
È l’incontro – fisico, verbale, emotivo – al centro di “Collection of lovers” di Raquel André, attrice e regista portoghese di 33 anni. Una “collezionista di cose rare”, come lei stessa si definisce, André porta in scena, tra immagini e racconto, oltre 230 incontri fatti fino al maggio 2019, in ogni parte del mondo, per un progetto itinerante che durerà dieci anni, dal 2014 al 2024, e che a Drodesera ha avuto una delle sue tappe intermedie.”
Tra incontri e solitudini ipernatural, KLP Teatro | Itália, 20 agosto 2019 - Coleção de Amantes
FILHOS DA NAÇÃO, Novembro 2017 (Portugal), Coleção de Pessoas
“Qu’est-ce qu’une rencontre, finalement ? N’est-ce pas en effet se trouver dans une situation où on s’autorise à livrer quelque chose de profond, d’important ? Que se passe-t-il dans ce temps suspendu ? « Dans 90% des rencontres, continue Raquel André, la solitude est un sujet ». On se touche, on s’embrasse, peut-être même parfois on va plus loin. L’artiste laisse planer le doute (l’espoir), les petites histoires d’une heure, selfies où photos déclenchées avec le retardateur projetés à l’appui, s’émancipent de l’espace du plateau pour venir parler à l’oreille de chacun. Elle a apporté quelques objets qu’on lui a offert. Dérisoire et miraculeuse pêche au souvenir. Elle assemble ces microcosmes d’humanité en une fresque étonnamment palpable et émouvante. Son empathie extrême n’est pas feinte, son sens de la dramaturgie parvient à donner à l’ensemble un parfum de théâtre qui sonne aussi vrai qu’une belle fiction.”
La collectionneuse, Journal Zibeline | França, janeiro 2020 (França) - Coleção de Amantes
“Colecionar, diz, é uma forma de nos construirmos, de nos olharmos. “Teres uma coleção é quase uma forma de conseguires organizar a tua biografia, uma forma de te veres, de te perspetivares. Ou de condensares, guardares uma falta qualquer de alguma coisa que não conseguiste realizar, experienciar ou até verbalizar que de repente pões ali, naquele objeto. É uma forma de organização do mundo. O que eu acho interessante como artista é poder criar narrativas, histórias, um espelhamento para a sociedade a partir do espaço que há entre uma coisa e a outra. Comecei a perceber que o que me interessava era o espaço do que não estava lá e que esta é uma metodologia de criação para vários artistas.”
Colecionadora de nada Guardadora de tudo, Jornal i - Novembro 2017 (Portugal) - Coleção de Espectado_s
"Mas vamos ao método. Se a proposta de Lotte van den Berg nos seus espetáculos é criar espaços nos quais o espectador se torna parte ativa do espetáculo performativo, um espetáculo muitas vezes criado no local, é por aí que Raquel André a guarda numa de todas as formas que for possível imaginar para guardar, como guarda um colecionador de objetos, seja a prática, o método ou a obra deste conjunto de artistas."
Colecção de Artistas. O corpo de Raquel André é um arquivo, Jornal i, 18 setembro 2019 (portugal) - Coleção de Artistas
"This documentary and almost anthropological proposal was based on interviews with collectors, bringing us, via video support, a little of their stories and objects."
Tra incontri e solitudini ipernatural, KLP Teatro | Itália, 20 agosto 2019 (ITÁLIA) - Coleção de Espectado_s
"Raquel André é a artista escolhida para dinamizar a celebração do Dia Europeu do Espectador”, lê-se no comunicado do projecto de cooperação cultural, que envolve 17 municípios portugueses. A performer apresentou, com a Artemrede, a proposta artística vencedora, que resultará num evento, no dia 21 de Novembro, em ambiente digital."
Raquel André seleccionada para a celebração do Dia Europeu do Espectador, Público - Junho 2020 (portugal)- Coleção de Espectado_s
“Tornas-te mais vulnerável, então também te tornas muito mais positiva, porque percebes a vulnerabilidade da vida. A tua existência não é assim tão importante” Raquel André
Sozinho num quarto não existes, Gerador - novembro 2017 (PORTUGAL)- Coleção de Espectado_s
"Desta vez, Raquel André não conta com o vídeo ou com a fotografia para documentar os encontros. Será o corpo - o corpo dela - a registar essa memória de mais uma etapa da sua colecção. Para quem ainda não conhece, esta atriz colecciona pessoas. O mesmo é dizer memórias, percursos, formas de estar."
Corpo de Artista, Jornal de Negócios, 21 setembro 2019 (portugal) - Coleção de Artistas
"Which scene from a film or a play, which paragraph in a book, which work in an exhibition has transformed and touched you? What did you retain in your body from that artistic moment?"
European Spectators Festival 2020, Studio Brut | Áustria - novembro 2020 (Áustria)- Coleção de Espectado_s
"The online event European Spectators' Day will take place on collectionofspectators.com and on the Facebook page of the Ljubljana Dance Theatre at 17:00, bringing together male and female spectators from fifteen European countries."
Tedenski napovednik kulturnih dogodkov, Mladina | Eslovénia, 16 novembro 2020 (eslovénia) - Coleção de Espectado_s
"Até 29 de Setembro, no Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa, Raquel André leva para palco a sua Colecção de Artistas. Ou como tenta registar no seu corpo as obras dos outros."
“Raquel André colecciona os outros para agarrar a efemeridade”, Público por Gonçalo Frota, Setembro 2019 (Portugal) - Coleção de Artistas
“Numa casa, de tipologia T1, concebida pelo arquiteto e cenógrafo José Capela, que a criadora desafiou, em 2018, para desenharem juntos este projeto, os espectadores serão guiados numa visita ao longo da qual poderão ver imagens captadas ao longo de sete anos, em 13 países, num total de 287 amantes, acrescentou a criadora. “Espero que haja também essa experiência de encontrar o desconhecido, que é o que tenho experienciado ao longo destes sete anos" e agora "poder passar isso para os espectadores" desafiando-os a "terem essa experiência”, realçou. Um espetáculo que, para o diretor artístico do Teatro do Bairro Alto, Francisco Frazão, se pode explicar com dois versos de Ruy Belo: “Só as casas explicam / que exista uma palavra como intimidade”
Sapo Mag, Novembro 2021 (Portugal) - Exposição de Amantes
Conversa Miguel Branco, José Capela e Raquel André
Podcast Dito e Feito - Novembro 2021 (Portugal), Exposição de Amantes
Imagens de Marca, 2017 (Portugal) - Coleção de Artistas
"These studies gave rise to a live performance in which Raquel André navigates reality and fiction, fantasy and impossibility, everyday life and artistic life to gather the ephemeral and choreograph it poetically into something concrete and possible. "
Performing New Europe: Raquel André - Collection of Artists, Tanz | Áustria, 25 janeiro 2020 (Áustria) Coleção de Artistas
"Raquel André trabalha por acumulação. Ao longo de sete anos encontrou desconhecid_s em apartamentos desconhecidos, em várias cidades do mundo. Partilhou uma intimidade que registou em fotografia. Colecionou 278 amantes e mais de 7000 imagens."
Agenda de Lisboa, Novembro, 2021 (portugal) - Exposição de Amantes
"Raquel André não só colecciona coisas raras, impossíveis até, como trabalha por acumulação."
Timeout, Novembro, 2021 (Portugal) - Exposição de Amantes